A ansiedade é uma emoção que afeta muitas pessoas em diferentes momentos da vida. Com o ritmo acelerado do cotidiano, é comum nos sentirmos sobrecarregadas por preocupações, medos e inseguranças. Pensando nisso, trouxemos um conteúdo especial para ajudar você a lidar melhor com esses sentimentos.
Antes de mergulharmos no artigo da Amanda, que está em seu último semestre de Psicologia e vai trazer uma perspectiva técnica e acolhedora sobre o tema, preparei um Mini Guia Prático Contra a Ansiedade. Você pode baixar o PDF gratuitamente e começar a aplicar pequenas mudanças no seu dia a dia para reduzir a ansiedade de forma prática e eficaz.
Agora, convido você a seguir com o artigo da Amanda, onde ela aborda com mais profundidade esse tema tão presente em nossas vidas.
Dica de dorama: Uma Dose Diária de Sol
Desfrutem, Isabella Lessa
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O Dicionário define a ansiedade como um grande mal-estar físico e psíquico, aflição, agonia ou, de forma figurada, desejo veemente e impaciente. A ansiedade é um produto do medo, que é inerente ao ser humano. O medo tem sido crucial para a sobrevivência ao longo da história, alertando-nos para perigos e ativando reações de luta ou fuga. Ele aumenta nossa atenção e nos ajuda a nos preparar melhor para situações desafiadoras. O medo é uma resposta instintiva, desencadeada por situações concretas, como avistar um animal perigoso ou ouvir um barulho suspeito, e busca nos proteger.
Quando o medo se manifesta em relação a possibilidades futuras ou perigos que não são reais, ele se transforma em ansiedade. Esta pode ser provocada por pensamentos sobre o que pode acontecer, mesmo na ausência de uma ameaça imediata, e frequentemente vem acompanhada de sintomas físicos, como tensão muscular e aumento da frequência cardíaca.
Quando a ansiedade interfere na vida cotidiana, fazendo com que a pessoa evite atividades ou lugares que costumava frequentar, pode indicar que se tornou um transtorno mental.
É fundamental estar atento a si mesmo e aos sintomas que surgem durante uma crise de ansiedade. Ao conhecer melhor o seu corpo e suas reações, você pode aprender a evitar crises ou diminuir sua intensidade. Pergunte-se: quais pensamentos surgem quando você está ansioso? O que estava fazendo ou onde estava antes da crise? Quais sintomas físicos você percebe? Essas perguntas são essenciais para entender seus gatilhos de ansiedade.
Algumas atividades para momentos de crise:
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Respiração Profunda: Pratique a respiração abdominal. Inspire lentamente pelo nariz, segure por alguns segundos e expire pela boca. Repita várias vezes para acalmar o corpo e melhorar o fluxo de oxigênio.
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Exercício Físico: Movimente-se! Caminhar, correr ou praticar ioga pode liberar endorfinas, melhorando seu humor e reduzindo a tensão. Algumas atividades podem ser feitas em pequenos passos durante a crise.
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Técnicas de Ancoragem: Foque em um ou mais objetos ao seu redor e descreva-os em detalhes, como cor, formato e textura. Isso pode ajudar a trazer sua mente de volta ao presente.
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Técnica dos 5 Sentidos: Observe cinco objetos diferentes ao seu redor, ouça quatro sons distintos, toque em três superfícies diferentes, sinta dois cheiros e experimente um sabor.
É importante treinar essas técnicas para saber como aplicá-las quando perceber a crise se aproximando.
Aaron Beck afirma que "a ansiedade é uma percepção distorcida de perigo." Viktor Frankl complementa: "A ansiedade não é apenas uma experiência pessoal; é também uma expressão do vazio existencial."
REFERÊNCIAS: Frankl, V. E. (1963). Man's Search for Meaning. Boston: Beacon Press.
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Beck, A. T. (1976). Cognitive Therapy and the Emotional Disorders. New York: Penguin Books